Notas de uma mente inquieta

Elio

Elio

A Pixar, anos atrás, tinha uma fama de acerto em todos os filmes. O lançamento era algo esperado e aclamado, sempre ficando marcado para adultos e crianças entrando para o repertório cultural em todos os lugares. Faz alguns bons anos que não sinto mais essa certeza. Acho que desde O bom dinossauro criou-se uma ruptura nesta certeza, o que a longo prazo acabou sendo bem ruim, fazendo a produtora cada vez mais apostar em sequências dos acertos do que apostar em histórias novas.

Houve um movimento de criar histórias com temas nichados, entendendo que não existe a obrigação de agradar a todos mas tocar o coração de poucos que realmente amam aquele assunto. Um grande exemplo disto pode ser o filme Red, que de maneira geral não toca a todos, mas as pessoas que se identificaram com aquela trama, a guardam em um cantinho quente do coração.

Acho que Elio se encontra nesta categoria. Eu sequer tinha ouvido falar desse filme até que nos deparamos com a publicidade no vídeo do manual do mundo que impactou o Arthur de cara. Fomos assistir já na estreia, em um feriado, e o cinema estava bem vago, sem muitas divulgações pelas locações, ou sequer aquele grande chamariz no McDonalds. O filme é divertido com a temática principal sendo extraterrestres e explorações espaciais e um subtexto sobre os dilemas da adoção sob a perspectiva dos pais e da criança. Gostei da diversidade apresentada de alienígenas me lembrando até um pouco O planeta dos abutres.

Sempre bom assistir um filminho leve e despretensioso muito bem executado mas confesso que dificilmente lembrarei do que se trata daqui uns dois anos. Certeza quando me perguntarem sobre o filme da Pixar que tem aliens engraçadinhos abduzindo uma criança eu continuarei a lembrar de Lifted.

#cinema #filmes #review