Horizon Zero Dawn
Anos atrás eu já tinha tentado finalizar esta obra e desistido no meio do caminho. Eu achei a história incrível e a estética deslumbrante, realmente algo inovador. Toda a mitologia criada pela narrativa onde máquinas tomaram conta do planeta mas, não como um Exterminador do Futuro ou Matrix, onde temos uma distopia que o planeta foi simplesmente devastado, toda a diversidade do ecossistema simplesmente é desintegrada. Horizon Zero Dawn apresenta isso de uma maneira completamente diferente*, as máquinas se integram a natureza. Tudo isso de uma maneira muito bem acabada, considerando mitos de criação antigos e replicando o comportamento tribais das comunidades caçadoras-coletoras.
Dito isto, novamente achei a jogabilidade muito maçante. Com 5 ou 6 horas de gameplay você percebe que os combates não evoluem. Toda a interação com as máquinas é simplória, com um leque de possibilidades digno de um mundo aberto de ps3. Por quê você não poderia montar em outros animais? Essa mesma limitação vem com a interação com o ambiente. As animações de escaladas estão belíssimas porém só funcionam onde foi pintado de tinta amarela. Por diversas vezes me vi precisando cavalgar por metade do mapa simplesmente porque eu não conseguia escalar uma montanha qualquer. Levei quase 6 meses para terminar, forçando-me a jogar nos últimos dias apenas porque queria terminar antes da chegada do Ghost of Yotei.
Então, em resumo, eu adorei a história e me aborreci a jogabilidade, o que me leva a crer que teria sido muito melhor irverofilmedopelé apenas assistido isto em um filme ou série, o que por sinal me deu muita vontade. Acho que a lore criada por trás do jogo é deslumbrante e traria obras audiovisuais realmente incríveis. A Aloy é uma protagonista muito boa e merece um espaço muito mais relevante na cultura pop. Não sei se os pontos negativos melhoram no segundo jogo, portanto vou deixar para jogá-lo beeem mais para frente.
* Mesmo que no final do jogo o objetivo das máquinas eram caminhar para a mesma extinção, é criado um universo que elas convivem bem, entendendo que os recursos naturais retroalimentam a criação.