O menino da Internet: A história de Aaron Swartz
Qual é a coisa mais importante que poderia estar fazendo no mundo agora?
E se ainda não começou porque não começa?
O documentário que narra a vida de um dos maiores criadores da internet como conhecemos hoje, Aaron desde muito jovem conseguiu participar da formatação de padrões tecnológicos que usamos até hoje: RSS, Creative Commons, Markdown, etc. Fiquei impressionado em descobrir que com 13 anos ele já programava fluentemente e tinha iniciado suas contribuições para o open source. Já sabia que ele foi um dos fundadores do Reddit mas foi curioso de ver em como ele não se adaptou ao mundo corporativo, de como ele mesmo descreve: salas cinzas, mesas cinzas e barulhos cinzas. Ele faleceu em 2013, logo ele viu apenas o início do que hoje temos como as big techs dominando completamente o meio político, mas diferente do que temos atualmente desta intersecção de tecnologia e política ser apenas com interesses puramente financeiros, Aaron buscava maneiras de melhorar a sociedade. De usar o que ele chamava de mágica [da tecnologia] para tornar o mundo um lugar melhor. Além disso ele ainda era uma voz importante e participativa das discussões referentes a direito autoral e pirataria. Já imaginou em o quanto essa mente seria relevante para os debates atuais sobre IA generativa? Em o que ele teria para falar sobre a ironia da Meta ter pirateado 81TB para alimentar seus servidores.
Eu já conhecia superficialmente a história de como o governo americano assassinou o menino da internet, mas assistir ao filme me fez refletir a cada detalhe de cada interação. De como o sofrimento dele não estava apenas no fato da sua perseguição por si só mas em como isso afetava as pessoas que ele amava. De como a perseguição a ele não era apenas por fatores financeiros mas egoístas e individuais de agentes em busca de glória ao usá-lo como exemplo.
Aaron Swartz foi perseguido por tentar democratizar o acesso a informação a partir da publicização do melhor que o ser humano tem para oferecer ao mundo, o conhecimento. É difícil não sair desacreditado com o mundo que vivemos com essa história. Em como o capitalismo é uma máquina de moer ideologias. Como não conseguimos que as ideias dele fossem colocadas em práticas em vida, e mesmo assim não obrigamos elas serem entendidas na morte.