Notas de uma mente inquieta

O último reino

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Adoro ler Bernard Cornwell. Romances que brincam com essa mistura de um pé na realidade, um pé na ficção realmente me pegam de jeito. Até mesmo as bobinhas como a saga do Robert Langdon. Acontece que o Cornwell faz isso de uma maneira muito assertiva. Quando li O Arqueiro pela primeira vez fiquei bastante impactado, principalmente pela sua habilidade de narrar batalhas campais, algo que não tinha visto nenhum autor anteriormente fazer com tanta maestria.

Desde então já li vários outros livros dele e gostei bastante de todos, uns mais e outros menos, mas é sempre uma leitura muito prazerosa. Sempre ouvi que as "Crônica saxônicas" seria sua obra magistral, então quando passando por um sebo vi o primeiro livro da saga a venda, não pensei duas vezes.

Carrego este livro já tem uns 3 anos e peguei para ler neste último mês. O começo é um pouco arrastado e é compreensível. Este é o início de uma saga de 13 livros, voltar aos primórdios do Uthred criança traz um plano de fundo importante para a sua personalidade.

Quando os dinamarqueses aparecem é que tudo fica muito mais interessante. O Ragnar narrado aqui é reluzente, marcante, digno de notoriedade. Daqueles personagens que você admira e quer ser quando crescer. Sou suspeito pra falar, adoro as obras derivadas da mitologia nórdica como narrei no God of War, mas a cultura por trás do povo do norte é muito bem explorada, sem cair na generalização comum de tratar todos como "vikings".

Acheio o final apoteótico. A batalha de encerramento foi tão épica que me vi lendo mais de 50 páginas em um dia em um mesmo fôlego. Eu sei que tem mais uma porrada de livros pela frente mas achei a conclusão justa, significativa, podendo até mesmo encerrar por ali.

Não pretendo pegar o próximo livro da saga já de imediato, inclusive estou com o primeiro d'As crônicas de Arthur já na fila, mas após terminar este livro fiquei sabendo que existe uma adaptação dele como série na Netflix, acho que vou dar uma chance.

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