Notas de uma mente inquieta

Split Fiction

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Na postagem anterior sobre A Way Out eu mencionei que A Haze Light estava desenvolvendo um novo jogo que eu com certeza jogaria, o que eu não sabia naquele momento é que seria lançado ainda este mês 🤣
Split Fiction vem na mesma pegada dos jogos anteriores, um jogo cooperativo onde os personagens principais precisam interagir em conjunto para conseguir avançar na trama. Dessa vez temos duas escritoras, uma de ficção-científica e a outra de fantasia, que ficam presas em seus mundos imaginados lidando com os desafios inventados por elas mesmas enquanto tratam dos seus dilemas pessoais.

A cada novo jogo, os desenvolvedores conseguem introduzir novos recursos e inovar brilhantemente em como as mecânicas conduzem a narrativa. Em Split Fiction isso foi elevado a enésima potência, nunca vi tanta variedade de jogabilidade em um mesmo jogo, inclusive, artifícios completamente novos, como a fase que você controla a Natureza ou que você interage com um tablet.

A história inicialmente parece forçada, apenas uma justificativa para introduzir a jogatina imaginada, mas do meio pro fim fica bem natural. A ideia principal da narrativa é variar fases entre cenários de fantasia e ambientes de ficção-científica e as duas primeiras fases já configuram muito bem essa expectativa. Também temos pílulas de experiência trocada em cada etapa. Fases paralelas com visuais e mecânicas diversas dando um respiro para cada desafio já que as fases em si são bem longas e densas.
Como histórias de scifi e fantasia não tem limites para a imaginação e nosso repertório já é lotado de referências da cultura pop, em algum momento houve um sentimento de "podia ter mais disso" ou "senti falta dessa vertente". Por exemplo, Ruptura é ficção científica e não temos nada parecido com isso. Ou, algo medieval nos moldes d'As Crônicas de Gelo e Fogo. Facilmente esse jogo poderia ter uma continuação com mais dezenas de horas e ainda assim faltaria coisas para cobrir.

Eu finalizei duas vezes em seguida: joguei com a Mio com um amigo e com a Zoe com o Arthur, e achei divertidíssimo. Cada fase, os poderes variam de acordo com o personagem, então o jeito de pensar e interagir com os desafios muda completamente quando se joga com as diferentes personagens. Dá até um choque de humildade onde você acha que o desafio do parceiro ali é trivial mas quando cai para você executar a dinâmica, então entende o dilema que seu amiguinho estava passando na hora.

Com tanta promessa de jogo incrível para sair este ano (alô GTA 6) acho difícil que Split Fiction ganhe o GOTY mas saí com sentimento de que esse jogo precisa ser premiadíssimo e que qualquer jogo que a Haze Light colocar no ar, eu vou querer jogar imediatamente.

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