Superinteressante - maio/2025
Só consegui terminar a edição de Maio essa semana :/ Parte por conta da viagem pra Fortaleza que aconteceu durante o mês de Maio e, comigo retornando apenas em Junho, não tive acesso a edição até o retorno. Outro motivo é um problema chato que estou tendo com as entregas do Correios aqui em casa. Mesmo existindo uma caixa de correio, o entregador faz questão de simplesmente jogar as encomendas no jardim. Então, quando eu voltei de férias, encontrei a revista completamente encharcada por tomar chuva por mais de 10 dias. Felizmente, acho que a Abril já sabe destas intercorrências e nos permite solicitar uma nova revista gratuitamente.
Em comparação com a edição anterior, achei esta bem mais interessante. O editorial já dita um tom bem reflexivo, trazendo um paralelo entre o incêndio da biblioteca de Alexandria e o definhamento do hábito da leitura na sociedade atual. Não foi necessariamente as chamas que destruiram o conhecimento ali arquivado e sim o desinteresse.
A matéria sobre a proibição do AirBnB em Barcelona foi uma das melhores. Realmente gostaria de ver ela repercutindo pela internet. Bruno Vaiano traz dados mostrando do impacto deste formato de aluguel imobiliário está impactando negativamente as cidades: preço subindo, qualidade diminuindo, empurrando os cidadãos locais para longe dos centros. Com esta preocupação, cidades como Atenas e Barcelona criaram políticas rígidas para restringir essa expansão de modelo.
Naqueles tópicos espalhados pela edição, listei alguns que me interessaram:
- Um sonho está prestes a chegar aos supermercados: bananas que demoram para oxidar.
- Software que está mapeando os sinais elétricos do cérebro de pessoas com paralisia. Fiquei refletindo em como para a cultura pop, até então, existe uma grande variedade de ciborgues focando em hardware mas é pouco explorado a parte do software.
- Assustador ver os dados da pena de morte crescendo. Quando você olha os países está lá os EUA no meio de vários países teocráticos.
- No mundo, em menos de 3 anos, já tivemos o sacrifício de mais de 166 milhões de aves por conta da H5N1. Seria um sinal para a próxima pandemia?
A matéria da capa traz uma visão científica sobre o processo de adolescer. É apresentado as incertezas sobre este marco, vários orgãos governamentais diferentes pelo planeta delimitam o início e fim da adolescência em diferentes idades. Uma visão moderna disto é que este processo encerraria aos 25 anos. Confesso que essa ideia me soa muito estranha. Eu que saí de casa aos 17 e já era pai aos 20 escutar que o jovem aos 25 ainda está imaturo me parece muito esquisito, mas os argumentos científicos são bem convincentes e, no fim, os meus argumentos parecem com o dos idosos falando "na minha época" eu já trabalhava aos 8 anos de idade. Outro dado interessante é que os animais também passam pelo processo de adolescer. Eu achava que era algo mais cultural, mas os marcos de desenvolvimento do corpo e amadurecimento do cérebro refletindo em rebeldia e preguiça são notados nos mais diversos mamíferos.
O artigo sobre transplantes de rostos é bem curioso. Eu costumo torcer o nariz para cirurgias plásticas mas enxergar o poder dessa ciência para melhorar a vida das pessoas, como apenas ter um rosto comum é um privilégio, é algo realmente necessário. E muito doido que as pessoas não tenham conflitos de personalidade ao ter o rosto trocado, e é até darwinianamente coerente, até poucos séculos atrás ver o próprio rosto não era algo naturalmente comum. No texto, o principal problema hoje para o transplante de rostos é a rejeição metabólica do orgão, fiquei me perguntando em quanto tempo estaremos transplantando próteses de rostos.
Sobre o minecraft, nada de novo sobre o Sol. Acho até pra quem é completamente desconectado do mundo da tecnologia, todo o texto parece mais algo publicitário do que jornalístico.
Legal trazer a público como as grandes empresas de tecnologia estão roubando conhecimento público para criar produtos caros, e explorar toda a discussão ética por trás, inclusive explicando um pouco das atuais batalhas jurídicas que já estão sendo travadas. Infelizmente o artigo ficou datada rapidamente com a Meta vencendo o processo dos autores citados.
Os anfíbios sendo extintas foi algo que me surpreendeu. Eu já tinha ouvido falar que pessoas tem o hábito de comer rã aqui pelo Brasil. Inclusive, aqui em Curitiba já vi no cardápio de alguns restaurantes. Mas nunca imaginei que seria tão predatório assim, nem mesmo tinha pensado no impacto dessa indústria: pode culminar em uma reação em cadeia com o preço dos alimentos subindo pois teria um aumento na quantidade de insetos já que estamos aniquilando os seus predadores naturais.